24 de julho de 2018

Lidando com a falta

Somos seres desejantes e justamente por nossos desejos nunca serem completamente sanados, continuamos a desejar. O imaginário nos faz esperar algo inteiramente da forma como sonhamos, mas a realidade nos esfrega na cara algo mais palpável, possível, que mesmo dentro de sua "perfeição" em algum nível ainda gera frustrações, e que bom, pois é dessa forma que seguimos desejando e assim, vivendo.
No entanto, para muitos essa falta é sentida de forma extremamente angustiante, buscando-se preencher tais vazios, que se tornam existenciais, a todo custo. Nesses casos, como forma de fugir da realidade que contraria, muitos encontram "objetos transicionais" que acabam sendo usados não só como mediadores de angústias entre o que há dentro de nós e o mundo externo, mas como formas de não encarar o mundo (excesso de trabalho, jogos e até mesmo de leituras, estudo, etc.).
O problema aqui mora no excesso, quando se passa uma vida tendo-se desejos e demandas para preencher vazios de faltas e falhas, muitas vezes inevitáveis.

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